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Casos de furto de gado aumentam em SC
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Polícia Civil de Santa Catarina - Gado recuperado em Santa Cecília.
Pecuaristas de Santa Catarina estão preocupados com o aumento de casos de furto de gado. Só em fevereiro, esse tipo de crime causou prejuízos milionários a produtores rurais do Planalto Serrano.Duas fazendas de Santa Cecília tiveram 85 animais roubados, causando perdas de R$ 620 mil. Na primeira ação, os criminosos lotaram dois caminhões e levaram 50 novilhas de raça, estimadas em R$ 500 mil. Na outra, 35 cabeças de gado foram furtadas, sendo 23 bois e 12 vacas, cujo valor alcançou R$ 120 mil.
Em um dos casos, os agentes conseguiram recuperar todos os animais, no município vizinho de Papanduva, e devolvê-los ao proprietário.Na última semana, o pecuarista de Cerro Negro, também na serra, Mário Kauling, foi mais uma vítima. Ele foi furtado duas vezes: uma carga com quatro novilhas e outra com nove. Na segunda ação, a polícia conseguiu recuperar os animais o que reduziu o prejuízo do produtor. Mesmo assim, Kauling perdeu R$ 10 mil do seu rebanho.
"A gente percebe que se trata de uma organização criminosa bem articulada. Eles agem quase sempre na madrugada e levam grande quantidade, provavelmente para revenda. O nosso sentimento é de tristeza, vulnerabilidade e medo", afirma o produtor. Kauling conta que o crime de abigeato - furto que envolve a subtração de animais, principalmente domesticados, como animais de carga e animais para abate, no campo e fazendas - é constante e nem sempre se trata de furto dos animais vivos. "Há muitos outros casos em que encontramos apenas a carcaça do gado. Nestas situações são furtos menores, mas que também causam grandes prejuízos", acrescenta.
Faesc pede apoio do governo para coibir o furto de gado
A preocupação dos produtores foi reportada pelos presidentes dos sindicatos rurais à Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (Faesc), que solicitou a atenção do governo do estado para coibir a ação dos criminosos.
O vice-presidente de finanças da Faesc, Antônio Marcos Pagani de Souza, alega que o alto preço da carne bovina tem despertado a atenção dos criminosos nos últimos meses em todo o país e precisa de fiscalização maior nas fazendas. Ele orienta os produtores a observarem a circulação de pessoas ou de veículos estranhos nas comunidades e acionarem a Polícia em qualquer caso suspeito.
"Já há uma parceria entre as forças de segurança, a Cidasc e os sindicatos rurais no estado, como as Polícias Ambiental, Militar e Civil. Porém, não há como fiscalizar em tempo integral, por isso é importante que os produtores monitorem suas propriedades e avisem os policiais em qualquer suspeita", alerta Pagani.
Em reunião virtual com o secretário da Agricultura do estado, Altair Silva, o presidente da Faesc, José Zeferino Pedrozo, solicitou o apoio do governo para reprimir a ação dos criminosos. "O abigeato é um crime que sempre nos preocupa, não só pelos altos prejuízos, mas por colocar a segurança e a produtividade dos nossos pecuaristas em risco. Nos colocamos à disposição para debatermos em conjunto uma forma de impedirmos esses furtos e protegermos melhor os produtores", ressalta o dirigente.
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